O evento que precede a Cúpula da Amazônia deu início a uma série de debates na capital paraense, que promete ser um marco histórico na busca por soluções para os desafios enfrentados na região. Coordenado pela Secretaria-Geral da Presidência da República em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, os Diálogos Amazônicos reúnem representantes dos povos amazônidas nos dias 4, 5 e 6 de agosto, em Belém, Pará.
Com a participação de cerca de 10 mil pessoas, o evento ocorre no Hangar Centro de Convenções e Feiras, onde estão programados 405 eventos, entre palestras, seminários e debates, além de cinco plenárias-síntese, cada uma com capacidade para 3 mil participantes. Essas plenárias-síntese são fundamentais, pois os resultados dos debates nelas realizados servirão de base para a produção de cinco relatórios que serão entregues aos presidentes dos países amazônicos presentes à Cúpula da Amazônia, marcada para os dias 8 e 9 de agosto.
A importância dos Diálogos Amazônicos reside na riqueza dos debates proporcionados, onde os movimentos sociais de todos os países amazônicos, incluindo o Brasil, colocam seu olhar sobre os problemas, potencialidades e possibilidades da floresta amazônica. Temas cruciais, como mudança do clima, direitos dos povos indígenas, inclusão regional, agroecologia e combate ao garimpo ilegal, ganharão protagonismo durante essas discussões.
O evento abrange temas diversos, e cada dia é destinado a abordar questões específicas. No primeiro dia, além da cerimônia de abertura, as atenções se voltarão para a participação e proteção dos territórios, ativistas e sociedade civil, incluindo a erradicação do trabalho escravo no território. O segundo dia focará em saúde, soberania, segurança alimentar e nutricional na região amazônica, bem como o papel das juventudes na construção do futuro sustentável da Amazônia, com destaque para a ciência, tecnologia, inovação e pesquisa acadêmica.
No último dia, temas cruciais como mudança do clima, agroecologia e novos modelos de produção para o desenvolvimento regional estarão em pauta, juntamente com a discussão sobre as "Amazônias Negras" e o racismo ambiental, abordando questões ligadas a povos e comunidades tradicionais. O encerramento será marcado pela plenária-síntese focada na inclusão dos povos indígenas.
A participação ativa da sociedade é essencial para contribuir com soluções e subsidiar decisões estratégicas para o desenvolvimento da Amazônia. Os Diálogos Amazônicos, com suas plenárias-síntese, desempenham um papel fundamental na construção de um projeto bem-sucedido para a região, atendendo aos anseios dos povos que habitam a floresta em seus mais diversos contextos.
Após a conclusão dos Diálogos Amazônicos, os relatórios produzidos serão entregues aos presidentes dos países presentes na Cúpula da Amazônia, com o intuito de orientar a implantação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento sustentável de toda a região. Com essa iniciativa brasileira de ouvir os anseios dos povos da floresta, espera-se abrir caminho para uma nova fase de desenvolvimento, que considera as necessidades e aspirações de todos os habitantes da Amazônia, desde as beiras dos rios até as cidades, consolidando um futuro mais próspero e sustentável para essa importante região do planeta.
Mega Menu